
Ele aprendeu a receita do sabão com sua cunhada e começou a utilizar o produto para uso doméstico, sem pretensões de comercializar. Mas ao perceber a demanda, começou a investir na produção para venda.
José Cícero recolhe restos de fritura de estabelecimentos comerciais como a Casa das Canoas e o Bar do Bodó. O processo de produção leva tempo. Depois disso as barras estão prontas para serem vendidas. São ideais para se lavar louça e limpar tecidos mais grossos, como o Jeans. A Pensão do Flávio e dona Gisele, que lava roupas para fora, são clientes fixos de José Cícero.
De acordo com José Cícero o sabão não agride as mãos de quem o manuseia, "Minha esposa tem alergia a detergentes convencionais, mas utiliza o sabão que faço sem problema algum".
Além do óleo, a receita do sabão leva ingredientes como fubá, detergente líquido de coco, soda cáustica e água fervente. José Cícero vende uma barra do sabão por R$2,50. O investimento compensa. O lucro é de mais de 200%.
Despejar óleo utilizado em frituras na pia da cozinha ou no sistema de esgoto é prática comum da maioria das pessoas, mas essa atitude é extremamente prejudicial ao meio ambiente. O óleo sem tratamento adequado polui rios e mares, prejudicando esses ecossistemas.
De acordo com ambientalistas, um litro de óleo despejado na natureza contamina cerca de 1 milhão de litros de água, volume suficiente para uma pessoa utilizar por quase 15 anos.
A iniciativa de José Cícero, portanto, ajuda a preservar o meio ambiente na medida que transforma um material poluidor num produto biodegradável útil a todos.
Mas fazer sabão não é a única forma de ajudar o meio ambiente. Uma alternativa mais simples é armazenar os restos de fritura em recipientes plásticos e destina-los ao lixo orgânico para que o óleo seja devidamente tratado e não contaminar a natureza.
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